Justiça afasta ex-vereador e servidor por suspeita de corrupção na Secretaria de Educação de Porto Alegre, diz polícia
12/11/2024
Polícia Civil investiga os supostos crimes de fraude licitatória, associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa na pasta. Polícia Civil faz operação contra suspeitos de corrupção na Secretaria Municipal de Educação em Porto Alegre
Ronaldo Bernardi/GZH
A Justiça do Rio Grande do Sul determinou os afastamentos de dois servidores públicos das suas funções por suspeita de que eles tenham envolvimento em esquemas de corrupção envolvendo a Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Porto Alegre.
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A Polícia Civil cumpre, na manhã desta terça-feira (12), os mandados de afastamento e também de busca e apreensão nas residências deles, na sede da Procuradoria-Geral do Município (PGM) e no prédio da prefeitura da capital.
Os nomes dos alvos não foram divulgados pela polícia, mas o Grupo de Investigações (GDI) da RBS descobriu que são o ex-vereador Alexandre Bobadra (PL) e Mateus Viegas Schonhofen, que ocupa Cargo em Comissão (CC) na PGM.
Bobadra, que não tem mais mandato, deve ficar afastado da função de servidor de carreira da Polícia Penal por 180 dias. Schonhofen ocupa a função de tesoureiro do MDB de Porto Alegre e vai ficar afastado pelo mesmo tempo.
Em nota, a Polícia Civil disse que os afastamentos "garantem a integridade das investigações".
A RBS TV tenta contato com as defesas dos dois.
A investigação
A Polícia Civil investiga os supostos crimes de fraude licitatória, associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa na Smed.
O caso foi descoberto pelo GDI, que revelou em reportagens que, a partir de junho de 2023, houve um suposto desperdício de material escolar em depósitos e em escolas.
Na sequência, o GDI mostrou o suposto direcionamento de compras da Smed para um grupo econômico. Houve vendas de cerca de 500 mil livros didáticos e de literatura e de 104 laboratórios de ciências e matemática à Smed ao custo de R$ 43,2 milhões.
As negociações foram concretizadas entre junho e outubro de 2022. Conforme apuração da Polícia Civil, a suspeita é de que agentes públicos tenham se beneficiado com vantagens indevidas derivadas das negociações.
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